Quem inventou e como funcionam as canetas esferograficas

Se você olhar atentamente para uma caneta esferográfica, vai notar que ela possui uma bolinha — geralmente feita de aço, carbeto de tungstênio ou latão — giratória na ponta. A esfera é a responsável por aplicar a tinta sobre o papel conforme vamos escrevendo, e também é ela que evita que ocorram vazamentos enquanto a caneta está em uso.

Vários utensílios foram usados ao longo da História para que as pessoas pudessem escrever, como foi o caso dos cálamos — que consistiam em pedaços de junco ou cana talhados para serem utilizados sobre pergaminhos, papiros ou tábuas de argila —, das plumas, dos bicos de pena (de metal) e das canetas tinteiro. No entanto, as canetas esferográficas trouxeram diversas inovações importantes.

Ao contrário do que acontecia muitas vezes com as antigas canetas, as esferográficas permitem que a tinta flua de maneira uniforme sobre o papel e não borre tanto. Além disso, elas são equipadas com um tipo de pigmento mais espesso que seca muito mais depressa do que o material utilizado antigamente, e ele não se resseca no interior da caneta, entupindo a ponta.

INVENÇÃO PRÁTICA

Embora pareça que a caneta esferográfica existe há séculos, ela é uma criação bastante recente — mais precisamente, da década de 30. O responsável pela invenção foi o jornalista húngaro László Bíró, que, após visitar uma gráfica e observar como os jornais recém-impressos secavam quase imediatamente e não borravam, começou a pensar em uma caneta cuja tinta secasse mais rapidamente do que as opções disponíveis.

Bíró propôs a criação de um tubinho contendo tinta de secagem rápida com uma bolinha na ponta que, ao mesmo tempo em que servia de “tampa”, evitava que a tinta se secasse e permitia que ela fosse aplicada sobre uma superfície com volume controlado. Assim, a esfera fica encaixada no interior de uma cavidade que, apesar de ser pequena, deixa que a pecinha gire facilmente.

Além disso, a força da gravidade faz com que a tinta desça pelo reservatório e cubra a bolinha, e esta, por sua vez, conforme gira no interior da cavidade, vai transferindo a tinta sobre determinada superfície. Na verdade, o mecanismo é, basicamente, o mesmo empregado nos desodorantes do tipo roll-on — só que, em vez de o produto ser espalhado sobre a pele, é a tinta que é aplicada sobre o papel.

SUCESSO

Quem ajudou Bíró a desenvolver a tinta na consistência certa — nem líquida ou espessa demais — foi seu irmão, Georg, que era químico. Com esse problema solucionado, a dupla registrou a patente da caneta no início da década de 40 e logo começou a produzir os primeiros modelos comerciais.

A invenção se tornou famosa depois que a Força Aérea Real Britânica resolveu substituir as canetas-tinteiro — que vazavam horrores em grandes altitudes devido à variação de pressão — pela opção criada por Bíró durante a Segunda Guerra Mundial. Por fim, em 1945, após o término do conflito, o francês Marcel Bich desenvolveu uma forma de produzir as canetas com um custo muito mais baixo e, em 1949, introduziu no mercado as icônicas esferográficas BIC.

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